quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Juventude negra em debate

Beatriz Caitana da Silva

No Grupo de Trabalho de Jovens Negros e Negras, Eleoá Coelho, Consultora técnica da SEPPIR, iniciou contextualizando a história do movimento de juventude no Brasil e fazendo uma retrospectiva da presença da juventude nos governos anteriores. Na seqüência, Eloá ofereceu um panorama geral sobre as conquistas da juventude, das mulheres e do movimento negro no governo Lula, enfatizando a criação da SNJ (Secretaria Nacional de Juventude), SEPPIR (Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial) e SEPM (Secretaria Especial de Políticas das Mulheres).

O Grupo de Trabalho contou com a participação de jovens de diferentes movimentos espalhados pelo país, além de jovens negros representantes de órgãos governamentais municipais e estaduais. Espaço importante para a reflexão sobre o cenário nacional das políticas voltadas para a população negra no País. O grupo retomou a discussão iniciada ontem (29/04), em plenária a respeito da não realização de GTs específicos da população negra nas conferências municipais e estaduais. Gian, de Floripanápolis (SC), afirmou: “este grupo de trabalho, jovens negros e negras, não estava presente nas conferências locais, uma rasteira dada na juventude negra”. Outros participantes expressaram sua indignação em relação a inexistência de espaços para discussão da temática racial nas conferências locais.

No GT de povos tradicionais, os participantes se ocuparam da análise e aprovação das propostas elaboradas na Consulta Nacional dos povos tradicionais. Uma das propostas mais discutidas foi o desrespeito das diferentes igrejas sobre as características culturais dos povos indígenas e quilombolas, mais especificamente os rituais religiosos. Para Adalmir dos Santos, da Comunidade Conceição das Crioulas Salgueiro (MA), “é um problema muito grande a influência das igrejas, mas será que é isso um dos maiores problemas presentes nas nossas comunidades, ou temos outros pontos mais importantes que isto” O grupo construiu novas propostas a partir do conteúdo do documento base. Assegurar os direitos dos povos e comunidades tradicionais, é uma das propostas discutidas neste grupo de trabalho.

Confira outras reportagens produzidas pelos Jovens Comunicadores no site www.revistaviracao.org.br/juventude.

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